domingo, 13 de outubro de 2013

1º dia - Canoas até Santa Fé

Trajeto percorrido no primeiro dia.

Após uma noite curta de sono partimos para  nosso destino, a expectativa do que nos aguardava era grande!! Dezesseis minutos depois chegamos ao nosso primeiro custo, o pedágio de Guaíba, no valor de R$ 8,50. A estrada possui pista simples e até Uruguaiana pagamos mais dois pedágios, ambos no valor de R$ 7,00.

Em Alegrete perdemos a oportunidade de abastecermos o carro. Ficamos preocupado pois o próximo posto era somente em Uruguaiana, e tínhamos menos da metade da capacidade do tanque de combustível. Pé no alto do acelerador e banguela nas lombas  conseguimos chegar ao posto de Uruguaiana.

Dica Nº1: Abastecer o carro em Alegrete, pois o próximo posto é só em Uruguaiana.

Paramos no centro da cidade para sacarmos dinheiro e realizar cambio, que por sinal é mais favorável ( 0,35 em Porto Alegre e 0,30 em Uruguaiana). Almoçamos e partimos para cruzar o rio Uruguai, que faz fronteira entre o Brasil e a Argentina.

Assim que avistamos a aduana com a bandeira Argentina flamulando ao alto, a adrenalina a mil, causou uma sensação de euforia misturada com incertezas. Era a primeira vez  que deixávamos a segurança da pátria mãe para a explorar terras estrangeiras, será que conseguiríamos passar a aduana sem maiores problemas? Sim...atravessamos a fronteira tranquilamente, nem mesmo a a carta verde nos foi solicitado, somente preencher alguns dados sobre o veiculo e os ocupantes.
Passado a fronteira tínhamos que adquirir os equipamentos para o veiculo, exigidos pelas normas de transito argentina (dois triângulos, cambão, extintor, kit primeiros socorros). A cada posto uma parada para verificar se havia o Kit. Na terceira tentativa, bingo! Conseguimos os equipamentos por $320 pesos argentinos, o equivalente a R$ 112 na época .

Dica Nº2: Existem alguns mitos com relação ao que é necessário portar no veiculo, como a mortalha branca. A dica é passar no consulado da Argentina para pegar um documento carimbado informado tudo o que é necessário para o veiculo, além de mapas e atrações turísticas do país.


Dica N°3: Caso você possua o engate de reboque e não esteja carregando um retire-o, pois é multa na certa.
Dica N°4: Na Argentina mantenha sempre os faróis acessos inclusive durante o dia. 

No mesmo posto em que compramos os equipamentos para o carro também aproveitamos para abastecer o veiculo, aqui observamos mais uma diferença entre o Brasil e a Argentina, pagamos R$ 2,77 por gasolina pura no posto YPF.
Dica Nº5: A gasolina na argentina se chama nafta e eles possuem 3 tipos: normal, super e premium. A dica é abastecer com a intermediaria, ou seja, a SUPER.

A estrada entre rios era péssima , tinha um pouco de asfalto entre os buracos. Achei que esta situação iria se repetir durante toda a viagem, o que não aconteceu, graças a DEUS!! Se não estaríamos perdidos! Formulei a hipótese de que aqueles buracos  eram para manter afastados os hermanos Brasileiros.

Como já havia lido em outros Blogs de viagem, sabia que a polícia camineira tinha a fama de ser corrupta então bolei uma estratégia que consistia no seguinte:
Todo o dinheiro que tínhamos ficou sob a responsabilidade da Carla e comigo apenas o montate de $16 pesos argentinos. Alguns quilômetros após o posto onde abastecemos e compramos os equipamentos fomos abordados por 2 agentes da polícia camineira, que tentaram nos vender normas de transito e mapas da Argentina, falei que estava informado sobre todas as normas de transito do país, mas estava interessado nos mapas. Perguntei em  portunhol, que era mais porto do que nhol:

- Quanto és los mapas ?
- Son 50 pesos?
- Puxa mas só tengo 16 Pesos?

Neste momento abri a carteira e contei o dinheiro na frente do agente e então perguntei:

- Aceita tarjeta?
- No senor solomente efectivo.

Então, agradeci a oferta e disse que ficaria para a próxima, alguns quilometros a frente fomos abordados por outro agente, que nos pediu os documentos do veiculo e a carteira de habitação. Fomos liberados logo após a verificação dos documentos, provavelmente o agente que nos abordara anteriormente já havia lhes informado que um casal de Brasileiros pés rapados estavam chegando.

A estrada estava em péssimas condições até próximo a cidade de Rosário e Santa Fé. Chegamos ao famoso túnel que passa por baixo do rio Paraná, com seus quase 3 km de extensão. Antes de atravessa-lo deve ser pago um pedágio no valor de $ 7,00 pesos argentinos, o equivalente a  R$ 2,45.

Em Santa Fé ficamos no Nuevo Hotel que nos custou $ 260 pesos (R$ 91) por um quarto com cama de casal , baño (banheiro), cochera (garagem) e desayuno (café da manhã). O quarto tinha cheiro de cigarro e o elevador dava medo, mas o banho e a cama estavam ótimos, talvez pelo longo período que passamos na estrada.

Achamos o valor um pouco salgado pelas condições do quarto, mas como era tarde e no valor estava incluído o café da manhã mais a garagem, optamos por ficar.

Gastos do primeiro dia


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1° Dia -  http://www.viajantesautonomos.blogspot.com.br/2013/10/1-dia-canoas-santa-fe.html
2° Dia - http://www.viajantesautonomos.blogspot.com.br/2013/10/www.nuevocastillohotel.com.html
3º Dia - http://www.viajantesautonomos.blogspot.com.br/2013/12/3-dia-permisso-para-aconcagua-e-vinicula.html
4º Dia - http://www.viajantesautonomos.blogspot.com.br/2013/12/4-dia-subindo-cordilheira-pela-ruta-7.html


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